Conceito e caminhos
Ciência Aberta (CA) ou Open Science assenta no princípio de que a investigação científica deve ser partilhada e reutilizada e consiste numa nova forma de produzir e partilhar o conhecimento.

Princípios da CA:
  • acesso aberto e reutilização dos resultados de investigação científica.
  • abertura dos processos e métodos e transparência nas práticas – registos de experiências, código de software
  • utilização de tecnologias e infraestruturas digitais em rede para facilitar a colaboração científica.
 
COMPONENTES PRINCIPAIS DA CIÊNCIA ABERTA
  • Acesso Aberto: resultados científicos com revisão por pares, disponíveis online e sem limitações de acesso.
  • Dados Abertos: publicação online para racesso e eutilização de dados recolhidos durante um projeto de investigação;
  • Código Aberto: software que pode ser acedido de forma livre com uma licença de código fonte;
  • Investigação Replicável Aberta: ato de praticar a Ciência Aberta para permitir a replicabilidade independente dos resultados de investigação.
  • Redes Abertas de Ciência e Ciência Cidadã
Mais informação:
FOSTER Introduction to Open Science
 
Recomendações Ciência Aberta
Segundo MCTES - Portugal
O conhecimento é de todos e para todos. Neste sentido, a disponibilização da ciência que resulte de financiamento público é imperativa e a disponibilização aberta dos resultados da investigação realizada com recurso a financiamento público tem significativos benefícios sociais e económicos.

POLÍTICA NACIONAL CIÊNCIA ABERTA
  • cumprimento a 100% do depósito das publicações científicas resultantes de projetos financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, FCT, num repositório da rede RCAAP
  • integração do paradigma de ciência aberta no modelo de avaliação da atividade de Investigação e Desenvolvimento pela FCT

 
 
Segundo a Comissão Europeia (CE)
Ciência Aberta trata a forma como a investigação é realizada, divulgada, implementada e transformada através de ferramentas digitais, redes e meios de comunicação. Torna o processo científico mais eficiente, transparente e efetivo..

 RECOMENDAÇÕES:
  • aos estados membros o desenvolvimento de políticas nacionais para disponibilizar em acesso aberto a investigação resultante de financiamento.
  • aos financiadores de ciência e instituições o desenvolvimento das suas próprias políticas, coordenadas a nível nacional e Europeu.
Formação e conteúdos Ciência Aberta
FOSTER Open Science
An e-learning platform that brings together the best training resources addressed to those who need to know more about Open Science, or need to develop strategies and skills for implementing Open Science practices in their daily workflows. 



 
MOOC Ciência Aberta MCTES
Tem o objetivo de apresentar o conceito de Ciência Aberta (CA) em todas as suas vertentes, promover a compreensão das implicações da CA nas várias fases do processo de investigação científica e dar a conhecer infraestruturas e meios para a sua comunicação; está organizado em 3 módulos, com a previsão de 5 horas de duração


 
Manual de Formação em Ciência Aberta - FOSTER Open Science

Oferece orientações e recursos no âmbito da Ciência Aberta para formadores, investigadores e toda a comunidade envolvida nas práticas de pesquisa e investigação. 

O que é o Acesso Aberto (AA)
Definição Acesso Aberto (AA)
Publicações resultantes de investigação como artigos e livros podem ser acedidos em linha, isentos de pagamento por qualquer utilizador. No mínimo, essas publicações podem ser lidas em linha, descarregadas e impressas. Idealmente, devem ser concedidos direitos adicionais, como o direito a copiar, distribuir, pesquisar, referenciar, rastrear e extrair texto e dados . O Acesso Aberto pode ser concretizado através de duas vias principais não exclusivas:
Logotipo Acesso Aberto
 
Acesso Aberto Verde (autoarquivo):
Os investigadores depositam as suas publicações (versão publicada ou manuscrito final revisto por pares) em repositórios institucionais, o que assegura a gestão, a recuperação da informação e a interoperabilidade de forma mais eficaz. Auto arquivar num repositório institucional é preferível à disponibilização em sítios Web pessoais ou departamentais, já que os trabalhos são assim geridos de forma eficaz, obtendo maior visibilidade e impacto.
 
Acesso Aberto Dourado (publicação em Acesso Aberto): Publicação em revistas de Acesso Aberto. O modelo de negócio mais comum é baseado no pagamento feito pelos autores (designado APCs - taxa de processamento do artigo, ou BPCs - taxa de processamento do livro). Quando os conteúdos do Acesso Aberto se combinam com conteúdos que requerem assinatura ou aquisição, particularmente no caso de revistas, atas de conferências ou volumes editados, designa-se por Acesso Aberto híbrido.
Informação recolhida de :
Manual de Ciência Aberta



 
Como inicia o movimento do Acesso Aberto
A Declaração de Budapeste de 2002 é a primeira de uma série de iniciativas que deram corpo à ideia e, posteriormente, ao Movimento de Livre Acesso ao Conhecimento. Este movimento assenta em três declarações fundamentais, conhecidas como conhecidas como as 3B’s:
Requisitos Acesso Aberto FCT

Como cumprir a política FCT:
Assegurar o acesso aberto às publicações, mediante o depósito da versão final do autor (versão pós peer review sem a formatação e a composição tipográfica da editora/postprint), após aceitação para publicação, num dos repositórios em acesso aberto do RCAAP – na UA depósito no Repositório Institucional da Universidade de Aveiro RIA .

Permitido embargo:
  • 12 meses – ciências socias, humanidades, artes (versão postprint)
  • 6 meses – restantes áreas científicas (versão postprint)
  • 18 meses – livros, capítulos de livro
  • 36 meses – teses de doutoramento
versões de artigos
Imagem Manual de Formação em Ciência Aberta
Requisitos Acesso Aberto H2020


Em resumo:
Passo 1 - Depositar num repositório
Assegurar o depósito no RIA, incluindo o identificador do Projeto/Ação.
Exemplo de projetos H2020 - info:eurepo/grantAgreement/EC/H2020/215477
da versão final do editor ou da versão final com revisão pelos pares aceite para publicação numa revista (também conhecida como versão de post-print).
Passo 2 - Providenciar o Acesso Aberto às publicações
Depois de depositar num repositório, os beneficiários têm que assegurar o Acesso Aberto (AA) a essas publicações, mediante o Acesso Aberto ao ficheiro no máximo seis meses após publicação (no máximo 12 meses para publicações das ciências sociais e humanidades). De forma a dar apoio aos investigadores para cumprimento das recomendações do H2020 ao nível dos períodos de embargo, a Comissão Europeia fornece um modelo de uma adenda a adicionar aos contratos com os editores.


Uma das vias é a publicação em revistas de acesso aberto ou híbridas. Os ‘Article Processing Charges’ (APC) são elegíveis para reembolso durante o período do projeto.
APC (Article Processing Charge)
Taxa cobrada ao autor, criador ou instituição de modo a contemplar os custos de um artigo, em vez de sobrecarregar o potencial leitor potencial do artigo. A taxa pode ser aplicada a todo o tipo de publicações, de acesso aberto ou comercial. Por vezes, as taxas são cobradas aos autores a fim de cobrir os custos de publicação e divulgação de um artigo numa revista académica de acesso aberto. (http://openaccess.ox.ac.uk/glossary/)
O que é
O RIA é o Repositório Institucional da Universidade de Aveiro, um sistema de informação que armazena, preserva, divulga e dá acesso à produção intelectual da Universidade de Aveiro em formato digital, através da Web, em regime de acesso aberto. Ao reunir as publicações científicas da Instituição numa plataforma única, o RIA pretende partilhar o conhecimento científico e técnico alcançado na Universidade e facilitar o acesso à produção científica aí produzida, contribuindo para a geração de novos conhecimentos, permitindo uma rápida disseminação e um reforço da sua visibilidade e impacto.

Descubra as Comunidades do RIA 

Coleções (tipos de documentos no RIA)
Os tipos de documentos disponíveis no RIA são:
Artigos; Capítulos de livro; Livros; Relatórios; Comunicações; Dissertações de mestrado; Teses de doutoramento.
Depositar no RIA Repositório UA
Podem ser depositantes docentes/ investigadores, investigadores bolseiros, alunos, funcionários e colaboradores em projetos com afiliação à Universidade de Aveiro.

No RIA, selecione o menu superior Depositar e efetue login como Utilizador da UA (iniciar sessão com as credenciais de Utilizador Universal da UA).

No caso de verificar que não lhe são apresentadas as opções para depósito por não estar associado a uma determinada comunidade, envie um email para ria-repositorio@ua.pt com a indicação das comunidades em que pretende depositar.

Opções de depósito:
  • Manual – Selecione a coleção e clique em Depositar. O depósito é efetuado através do preenchimento manual de um  formulário com os campos para descrição bibliográfica do documento.
  • Por identificador – Introduza um identificador da publicação para recuperar os metadados (PubMed ID, DOI, arXiv ID, CiNii NAID) e clique em Pesquisar. Na página de resultados clique em Ver detalhes e importar o registo, a fim de prosseguir o processo de depósito.
  • Importação de um ou mais registos através da recolha num sistema externo (ex.: Web of Science, SCOPUS, Mendeley) para posterior importação em lote.

Seja qual for a opção de depósito do trabalho, pode adicionar ou editar os vários campos nos formulários apresentados. A submissão de documentos no RIA implica sempre a associação de um ficheiro digital (ex.: PDF do artigo). Implica também a validação de autoria, a definição do nível de acesso ao documento e a identificação do projeto financiado.
Após o depósito, a equipa de validação de registos da BIblioteca da UA procede à validação dos dados do registo e políticas e dsiponibiliza-o online.

Mais informação
Comunidades
O conteúdo do RIA está organizado em comunidades que correspondem aos departamentos, serviços, escolas politécnicas, unidades de investigação e laboratórios associados da Universidade. 

Cada comunidade tem a sua própria página de entrada, que pode conter informações, notícias e links de acordo com os interesses dessa comunidade, bem como uma lista das coleções dentro da comunidade.

Últimas entradas RIA Repositório UA

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RCAAP
RCAAP – Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal é um portal agregador dos registos e documentos digitais depositados nos vários repositórios institucionais existentes em Portugal, que são sistemas de informação das instituições de ensino superior e de investigação, com conteúdos científicos e académicos disponíveis em acesso aberto. Ver diretório

Agrega todos os conteúdos do  Repositório Institucional da Universidade de Aveiro.
(artigos científicos, papers de conferências, teses de doutoramento e dissertações de mestrado, e todo um conjunto de documentos que resultam das atividades de investigação)

Inclui ainda os conteúdos de várias revistas científicas nacionais.


Onde e como publicar - Introdução
Considera-se importante que no processo de publicação se sigam alguns passos que podem ser determinantes para potenciar a visibilidade e impacto da investigação e que passam pela:
Passo 1 - Identificação das principais revistas numa área de conhecimento
Algumas estratégias permitem averiguar se a área de assunto da revista é adequada ao objeto de investigação do artigo a submeter.
 
A pesquisa por assunto em bases de dados pode ser uma ajuda para determinar as revistas onde outros autores de artigos com os mesmos tópicos de assunto publicaram, como:

Scopus

Web of Science

Pubmed

Outras bases de dados
 
Ferramentas de editoras de revistas que permitem a seleção da revista adequada aos tópicos e contexto de um determinado artigo:

Journal Finder Elsevier

Springer journal selector

Springer Journal Suggester

IEEE Publication Recommender

Find the right journal BMC
Passo 2 - Conferir informação da revista
A revista inclui no site web informação clara sobre:A equipa ou corpo editorial, com as afiliações institucionais e contacto de cada elemento identificados;
Guidelines para autores;
Taxas de publicação;
Questões de copyright;
Declaração de ética

Ver exemplos:
Learning, Culture and Social Interaction (Elsevier)
Education Research International (Hindawi)
Passo 3 - Selecionar revistas com revisão por pares
Este processo e suas particularidades deve estar claramente descrito no site Web da revista.

O processo de revisão por pares (peer review, refereeing) é o processo de mediação na publicação de artigos em revistas científicas e consiste numa avaliação dos trabalhos científicos por parte de revisores, especialistas da área científica.  É usada para avaliar o conteúdo dos resultados de investigação. Trata-se do mecanismo formal de certificação da qualidade através do qual os manuscritos são sujeitos ao escrutínio de outros, cujos comentários e feedback em geral são utilizados para melhorá-los e tomar decisões sobre a seleção para publicação. Através deste processo é certificada a qualidade dos artigos publicados numa revista científica.

 
Informação recolhida de:
Manual de Ciência Aberta
Passo 4 - Obter informação acerca da qualidade e prestígio da publicação
Obter informação acerca da qualidade e prestígio da publicação, mediante a consulta de rankings para perceção do prestígio das revistas científicas (baseados essencialmente na contagem de citações por artigo):

Journal of Citation Reports (JCR) - permite aceder a uma lista de revistas de uma dada categoria temática com informações dos valores de Fator de Impacto (Impact Factor) e outros indicadores bibliométricos, como o EigenFactor. Estes indicadores são calculados com base na contagem de citações da base de dados Web of Science

SJR (SCImago Journal & Country Rank) - permite a consulta de uma lista de revistas por categoria e sub-área temáticas com informações bibliométricas para cada uma das publicações, tais como o SCImago Journal & Country Rank Indicator e H-Index. Os dados de citação são recolhidos da base de dados Scopus.
Licenças
Nas Revistas em Acesso Aberto os autores ficam com os direitos de autor dos trabalhos.
O autor deve cede à revista uma licença para a utilização e distribuição do artigo.  

As licenças abertas concedem permissão para aceder, reutilizar e redistribuir material com poucas ou nenhumas restrições. Estas licenças variam de muito abertas a muito restritivas.
Aplicar uma licença aberta a um trabalho científico (quer seja um artigo, dados ou outro tipo de resultado de investigação) é uma forma de o detentor dos direitos de autor expressar as condições sob as quais o trabalho pode ser acedido, reutilizado e modificado.

As licenças mais usadas para licenciar produção científica são as licenças Creative Commons.
 

Mais informação: Manual de formação em CIência Aberta 



 
Licenças Creative Commons - CC
Têm âmbito mundial, são perpétuas e gratuitas.
Através das Licenças Creative Commons, o autor de uma obra define as condições sob as quais essa obra é partilhada com terceiros, sendo que todas as licenças requerem que seja dado crédito ao autor da obra, da forma por ele especificada.
 

As licenças CC resultam essencialmente da combinação de quatro condições essenciais:

  • Atribuição (BY), que obriga o utilizador a atribuir o devido crédito ao licenciante, conforme indicado na licença;
  • Não Comercial (NC), que exige que a utilização do material licenciado não seja primariamente intencionada ou direcionada a uma vantagem comercial ou compensação monetária;
  • Sem Derivações (ND), que proíbe o utilizador de partilhar material adaptado;
  • Compartilha Igual (SA), que obriga o utilizador a compartilhar qualquer material adaptado sob uma licença que seja igual ou contenha termos equivalentes aos da licença sob a qual o material licenciado foi disponibilizado.

Informação de:
Glossário Ciência Aberta 
Direitos de autor e Creative Commons

 
Tipos de licenças CC
Licença CC de Atribuição (BY)
CC BY
A mais permissiva do leque de opções. Nos termos desta licença, a utilização da obra é livre, podendo os utilizadores fazer dela uso comercial ou criar obras derivadas a partir da obra original.  É essencial que seja dado o devido crédito ao seu autor.  


Licença CC de Uso Não-Comercial (NC) 
CC BY-NC
O autor permite uma utilização ampla da sua obra (reutilizar e partilhar), limitada, contudo, pela impossibilidade de se obter através dessa utilização uma vantagem comercial. É também essencial que seja dado o devido crédito ao autor da obra original. 

Licença CC de Partilha nos mesmos termos (SA) CC BY-SA
Quando um autor opte pela concessão desta licença pretenderá, não só que lhe seja dado crédito pela criação da sua obra, como também que as obras derivadas desta sejam licenciadas nos mesmos termos. Esta licença é muitas vezes comparada com as licenças de software livre. 

Licença CC Sem Derivações (ND)
CC BY-ND
Esta licença permite a redistribuição, comercial ou não-comercial, desde que a obra seja utilizada sem alterações e na íntegra. É também essencial que seja dado o devido crédito ao autor da obra original. 


Licença CC de Uso Não-Comercial e de Proibição de Obras Derivadas (NC-ND)
CC BY- NC-ND
A licença menos permissiva do leque de opções que se oferece ao autor, permitindo apenas a redistribuição. Não é permitida a realização de um uso comercial, como é inviabilizada a realização de obras derivadas. 

​Licença CC0
“No Rights Reserved”
Permite aos investigadores, artistas e outros criadores de conteúdos protegidos por direitos de autor a renunciar a esses direitos e, assim, colocá-los no domínio público, para que outros possam deles usufruir, reutilizar e melhorar para quaisquer fins e sem restrições da legislação de direitos de autor. 
Informação CC em Português
Conuslte informação sobre as licenças no site Web Creative Commons em língua portuguesa